“Tudo que posso dizer é que será um TUF Explosivo, com excelentes lutas, muito mais humor e menos animosidade que o primeiro”. Esta frase é o máximo que se consegue arrancar de Fabrício Werdum, quando perguntado sobre as expectativas para o TUF Brasil 2. Seguindo à risca o contrato com a ZUFFA, que prevê sanções financeiras altíssimas em caso de vazamento de informações para a imprensa, o gaúcho mais figura do MMA, bateu um longo papo com o PVT na tarde de quarta-feira.
Após a rotina de 50 dias de gravações em São Paulo, Fabrício Werdum finalmente retornou a Los Angeles onde iniciou a preparação para a tão aguardada revanche com Rodrigo Minotauro, agendada para 8 de junho, provavelmente em Fortaleza.
“Sabe como é o Minotauro, só faz lutas impressionantes sempre marcadas pela superação, então estou treinando muito para evitar isso e desta vez sair com a vitória”, revela Werdum, que não nega sua torcida por outros dois parceiros de Minotauro, seus concorrentes diretos pelo cinturão do UFC: Antônio Pezão e Junior Cigano. “Acredito muito no Pezão nesta revanche contra o Velasquez, ele evoluiu muito como lutador desde a primeira luta. Se fizer a estratégia certa e não ficar preocupado só em cair como na primeira vez, tem todas as chances de nocautear. Já lutei com ele e sei o peso da mão daquele gigante. Deus o livre, aquela jamanta vindo para cima de você... acredito que ele vá vencer. Pelo menos estou torcendo muito para isso, pois o Pezão além de merecer é hoje um grande amigo”.
Perguntado sobre Junior Cigano, com quem já andou trocando farpas na imprensa e nunca escondeu o desejo de devolver o nocaute, Werdum supreende. “Também estou torcendo para o Cigano. Acredito que ele vença, mas tem que respeitar o Hunt, ele se faz de bobo para entrar no raio de ação e te acertar. Desta maneira ele já venceu vários grandes nomes do K-1. Acredito na mão do Cigano, mas se fosse seu treinador o aconselharia a colocar pra baixo”.
A possibilidade de lutar pelo cinturão com um deles em caso de vitória sobre Minotauro parece remota para o faixa preta, que se associou a Alliance de Fábio Gurgel (um de seus treinadores na casa). “Acho improvável pela agenda do evento. Pezão, Cain e Cigano lutam no dia 25 de Maio eu luto dia 8 de Junho. Acredito que o campeão faça ainda uma luta antes de eu ter o direito do title shot, caso vença. Mas no momento estou focado na minha luta com o Rodrigo, que é um oponente duríssimo. Se vencê-lo e tiver que fazer mais uma luta antes de disputar o cinturão, sem problemas”.
Mas quando o assunto volta a ser o TUF, o gaúcho descontrai. “Bahh, Dos Nossos, você não tem noção, foi dos dez mais tri, tenho certeza que o público vai se divertir a Fú”, se expressa em Werdunês fluente o figuraço. “Só posso dizer que a galera vai ver grandes lutas, lutadores novos de excelente nível e rir mais que na primeira edição”.
Perguntado sobre a relação dele com o outro treinador da casa e seu futuro oponente, Fabrício não disfarçou: “Eu já ouvia falar muito do quão gente boa o Minotauro é, mas nestes 50 dias tive a oportunidade de conhecê-lo melhor, realmente o cara não existe. Um dia lá nos bastidores eu estava com dor no quadril e ele cedeu o fisioterapeuta dele para mim. Falar o que de um cara desses?”, deixando claro porém que, assim como na primeira edição, na hora das disputas o clima esquentava. “Não tem como, aquilo é uma disputa. Obviamente várias vezes o clima esquentou entre as equipes e isso é natural, mas sem nunca ter faltado o respeito, ou seja, o público desta vez, além de ver grandes lutas e se divertir horrores com os bastidores, vai poder entender que oponentes não precisam ser inimigos”, finaliza Fabrício.